O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, abriu, nesta terça-feira, 21, o 32º Seminário Internacional ISO – Organização Internacional do Açúcar (OIA), que segue até amanhã, 22, em Londres. O encontro reúne os principais stakeholders do setor mundial. Este ano, o encontro internacional traz como tema “Energia, preços, geopolítica e regulações complexas: oportunidades para inovação”.
No discurso de abertura, Nogueira reforçou a importância do engajamento de todos no desenvolvimento de projetos que reduzam o desequilíbrio ambiental. “Cujas alternativas de soluções estão na transformação e adequado processamento da cadeia do carbono presente de forma intensa nos processos de produção de açúcar ou mais precisamente do processamento agroindustrial das suas diversas matérias-primas. Vale lembrar que assim procedendo estamos ratificando o compromisso contínuo da OIA, desde seu início em 1968 em promover a cooperação internacional e a sustentabilidade na indústria do açúcar, agora ampliado para a energia e o combustível limpo e renovável inerente a esse processo”, afirmou.
De acordo com o presidente do Sindaçúcar-AL, no cenário global, a produção de açúcar desempenha um papel fundamental na economia de muitos países membros, proporcionando empregos, impulsionando o comércio internacional e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. “A indústria do açúcar, quando gerenciada de maneira responsável, pode ser um catalisador para o progresso socioeconômico e para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, destacou.
A OIA reúne 87 países produtores, processadores, distribuidores e consumidores, proporcionando um fórum de diálogo e cooperação com a finalidade de abordar questões-chaves, compartilhar boas práticas e promover a sustentabilidade e a prosperidade da indústria do açúcar, fornecendo serviços profissionais, análises de mercado e perspectivas para todas as partes interessadas na cadeia produtiva.
“O seminário proporciona uma oportunidade única de explorar e discutir as tendências, desafios e oportunidades que o setor açucareiro enfrenta atualmente. É uma oportunidade para compartilhar conhecimentos, aprender uns com os outros e buscar soluções inovadoras que possam moldar o futuro da indústria. Nossos esforços coletivos para promover práticas agrícolas sustentáveis, melhorar a eficiência da produção e investir em tecnologias inovadoras demonstram nosso compromisso com a criação de uma indústria do açúcar que não apenas atenda às necessidades do presente, mas também proteja o futuro das gerações vindouras”, declarou Nogueira.
Na oportunidade, Pedro Robério destacou a ação concreta do Brasil, por meio do governo, parlamento, entidades institucionais, empresários e produtores independentes de matéria-prima com a adoção de políticas públicas e seus respectivos acolhimentos pelos agentes privados da produção.
“Podemos resumir algumas dessas importantes ações, a exemplo da criação do Proálcool. São quase 50 anos de desenvolvimento, a cada dia, se afirmando pela sua sustentabilidade de produção intrínseca e por se tornar grande estimulador transversal da agricultura alimentar. Características atuais presente na crescente e próspera indústria de etanol de milho no Brasil. Evoluímos no conceito de rigorosa produção sustentável certificada com a criação do Programa Nacional dos Biocombustíveis – RENOVABIO ocorrida em 2017. No momento, estamos em análise no Parlamento Brasileiro o Projeto de Lei do Combustível Futuro que se caracteriza pelo avanço no marco regulatório para o desenvolvimento e expansão dos biocombustíveis”, ressaltou o dirigente do setor acrescentando que “juntos, podemos enfrentar os desafios que nossa indústria enfrenta e transformar esses desafios em oportunidades para crescimento sustentável”, disse.
