Representantes de grupos exportadores do setor sucroenergético alagoano estiveram reunidos nesta quinta-feira, 08, na sede do Sindaçúcar-AL, com diretores da associação Bonsucro. Presente em 37 países e com mais de 450 integrantes, a plataforma multisetorial é responsável por um padrão global para a produção de cana-de-açúcar com base na sustentabilidade.
“Apresentamos o que é a Bonsucro para os representantes do Sindaçúcar-AL. Em Alagoas, já contamos com uma empresa certificada e uma outra como membro do nosso quadro”, informou o diretor da América Latina, Miguel Hernández, que esteve a reunião acompanhado pelo CEO da Bonsucro, Simas Usher.
Com o propósito de reduzir impactos ambientais e sociais na produção de cana-de-açúcar, etanol e energia provenientes da cana, a associação apoia as cadeias de abastecimento seguras, responsáveis, sustentáveis e bem-sucedidas.
Com mais de 130 participantes no Brasil, sendo 43 certificados, a Bonsucro adota um padrão que utiliza seis princípios, 18 indicadores e 53 critérios para a produção sustentável da cana e seus derivados, a partir de dimensões nas áreas ambiental, econômica e social.
“O Sindaçúcar-AL está sempre voltado para as inovações tecnológicas. Neste cenário, a Bonsucro apresenta elementos importantes para o futuro da cana”, afirmou o assessor da presidência do Sindaçúcar-AL, Alfredo Cortez, que representou na reunião o presidente Pedro Robério Nogueira.
Em Alagoas, a usina Serra Grande, localizada no município de Colônia de Leopoldina, foi a primeira empresa do Nordeste a receber a certificação da Bonsucro, após passar por processo de auditoria que verificou se as exigências da plataforma são devidamente atendidas.
O certificado e o selo Bonsucro reconhecem a adequação desses subprodutos da cana a pré-requisitos estabelecidos nas áreas de legislação, biodiversidade, impacto no ecossistema, direitos humanos, qualidade e melhoria contínua, entre outros.
“Fomos certificados em março passado e estamos sendo bem vistos pelo mercado, comércio e bancos, tendo hoje uma visão de um mercado muito melhor”, declarou Cauby Figueiredo, assessor Técnico do Grupo Serra Grande.
No Nordeste, apenas a usina Trapiche, unidade pernambucana pertencente ao Grupo Serra Grande, e a usina Coruripe são membros da associação, mas ainda não contam com a certificação.