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Ridesa libera 16 novas variedades de cana RB

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Ridesa libera 16 novas variedades de cana RB

Responsável pela ocupação de 70% dos canaviais do Brasil e de Alagoas, 16 novas variedades de cana Republica do Brasil (RB) foram liberadas, esta semana, pela Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Desenvolvidos por sete universidades federais das dez quem formam a Rede Interuniversitária, dois dos novos clones apresentados foram criados pelo Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da Ufal. A última liberação de variedades da Rede foi em 2010.
“Foram lançados a RB 961552, que tem uma alta produtividade e uma excelente resposta a irrigação de modo geral, e a RB 991536 que apresenta a característica de ser uma variedade com alta produtividade e alto teor de sacarose, além de ser própria para a colheita mecanizada”, explicou o coordenador do PMGCA em Alagoas, Geraldo Veríssimo.
De acordo com o pesquisador, as variedades RB promoveram, nas últimas quatro décadas, ganhos relevantes para o setor sucroenergético, a exemplo do aumento de produtividade. Em 1970, por cada hectare, eram obtidas 4,5 toneladas de açúcar. Já na última safra, o valor registrado foi de 9,6 toneladas. “Estes ganhos também foram conquistados por diversos outros fatores, mas grande parte se deve ao melhoramento genético da cana”, reforçou.
Na solenidade de lançamento, que também contou com a participação de demais pesquisadores da Ufal, Geraldo Veríssimo fez a palestra de abertura do evento que também comemorou os 45 anos de criação das RB e os 25 anos da Ridesa. “Contamos a história de criação da variedade RB até os dias atuais. Este trabalho começou em 1966, por meio do convênio firmado entre o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Sindaçúcar-AL, criando a Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Alagoas e, consecutivamente, o banco de germoplasma da Serra do Ouro, dando o primeiro passo para o desenvolvimento dos cruzamentos genéticos”, recordou Veríssimo.
Localizada em Murici, a Serra do Ouro, conta com uma estrutura que armazena os recursos genéticos responsáveis pela pesquisa que vem gerando sucesso de produtividade e expansão da variedade RB no Brasil. A pesquisa da Ridesa é feita por meio de parceria entre as universidades e empresas do setor canavieiro, que aportam recursos para o custeio das atividades.